Hoje estou aqui para falar de um fato curioso, que ocorreu comigo, que tenho certeza que já aconteceu com todo mundo.
Semana passada, pela manhã, eu estava no ônibus na ida para o trabalho, quando de repente começou a chover. Uma chuva bem fininha... Bem no exato instante que o ônibus passava por uma estrada de barro. Logo, subiu aquele cheirinho gostoso de barro molhado. Barro molhado? É isso mesmo! Barro molhado, que tem o cheiro um pouco diferente que terra molhada. Só que já sentiu os dois sabe da sutil diferença.
Na hora que senti o cheiro, minha memória diretamente o ligou aos cheiros de minha infância. Lembrei-me de um areal muito legal que costumava ir com meu pai. Íamos todos os sábados e em alguns domingos pela manhã. Atualmente esse areal é a chamada “Favela do Iraque”, oficialmente chamada “Vila Iraque”. Bem, o nome atual é o que menos importa. Prossigamos...
Pude lembrar que lá no areal, os adultos iam bater uma “pelada”, enquanto os filhos dos adultos costumavam levar suas pipas para empinar, jogar bola-de-gude, andar de perna-de-pau, rodar pião (nesse caso, eu só ficava olhando, pois nunca na vida eu consegui aprender a rodar um!!!!) dentre muitas outras coisas que um moleque da minha época fazia.
Só que os dias mais legais no areal eram os dias de chuva! Puxa vida! Apesar de ser chamado de areal, ele era todo de barro (argila). O solo tinha uma cor muito característica, que no episódio de semana passada, não consegui recordar. Lembro também, que todos os moleques se esbaldavam na lama, e aquele cheiro era muito forte nossas narinas. Jogávamos lama uns nos outros, deslizávamos, pisávamos, corríamos por todo o terreno quase sem fim, era tudo que verdadeiros maloqueiros adoravam fazer! Tempos áureos aqueles!
O bom de lembrar tudo isso, é perceber que tive uma infância que poucos atualmente têm. Corri, brinquei, pulei, briguei, apanhei, ganhei, fiz coisas fascinantes que me tornaram o feliz homem que hoje sou. Essa sensação me reporta a uma frase muito bonita de Saint-Exupèry em seu livro Piloto de Guerra, que assim diz: “Fiz mal em envelhecer. Foi uma pena. Eu era tão feliz em criança...”.
Sou muito feliz hoje em dia, porém, reconheço que quando era criança era bem mais. Não havia preocupações, Mestrados, trabalhos, contas à pagar, e tantas coisas chatas e tristes do mundo dos adultos.
Literalmente recordar é viver. Sei que alguém que ler esse post vai se identificar com o que escrevo. Afinal, quem nunca foi levado subitamente aos tempos de infância?
Me encerro aqui. Uma boa semana a todos,
Xêro do Nego.
Semana passada, pela manhã, eu estava no ônibus na ida para o trabalho, quando de repente começou a chover. Uma chuva bem fininha... Bem no exato instante que o ônibus passava por uma estrada de barro. Logo, subiu aquele cheirinho gostoso de barro molhado. Barro molhado? É isso mesmo! Barro molhado, que tem o cheiro um pouco diferente que terra molhada. Só que já sentiu os dois sabe da sutil diferença.
Na hora que senti o cheiro, minha memória diretamente o ligou aos cheiros de minha infância. Lembrei-me de um areal muito legal que costumava ir com meu pai. Íamos todos os sábados e em alguns domingos pela manhã. Atualmente esse areal é a chamada “Favela do Iraque”, oficialmente chamada “Vila Iraque”. Bem, o nome atual é o que menos importa. Prossigamos...
Pude lembrar que lá no areal, os adultos iam bater uma “pelada”, enquanto os filhos dos adultos costumavam levar suas pipas para empinar, jogar bola-de-gude, andar de perna-de-pau, rodar pião (nesse caso, eu só ficava olhando, pois nunca na vida eu consegui aprender a rodar um!!!!) dentre muitas outras coisas que um moleque da minha época fazia.
Só que os dias mais legais no areal eram os dias de chuva! Puxa vida! Apesar de ser chamado de areal, ele era todo de barro (argila). O solo tinha uma cor muito característica, que no episódio de semana passada, não consegui recordar. Lembro também, que todos os moleques se esbaldavam na lama, e aquele cheiro era muito forte nossas narinas. Jogávamos lama uns nos outros, deslizávamos, pisávamos, corríamos por todo o terreno quase sem fim, era tudo que verdadeiros maloqueiros adoravam fazer! Tempos áureos aqueles!
O bom de lembrar tudo isso, é perceber que tive uma infância que poucos atualmente têm. Corri, brinquei, pulei, briguei, apanhei, ganhei, fiz coisas fascinantes que me tornaram o feliz homem que hoje sou. Essa sensação me reporta a uma frase muito bonita de Saint-Exupèry em seu livro Piloto de Guerra, que assim diz: “Fiz mal em envelhecer. Foi uma pena. Eu era tão feliz em criança...”.
Sou muito feliz hoje em dia, porém, reconheço que quando era criança era bem mais. Não havia preocupações, Mestrados, trabalhos, contas à pagar, e tantas coisas chatas e tristes do mundo dos adultos.
Literalmente recordar é viver. Sei que alguém que ler esse post vai se identificar com o que escrevo. Afinal, quem nunca foi levado subitamente aos tempos de infância?
Me encerro aqui. Uma boa semana a todos,
Xêro do Nego.
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