Nostalgia...

domingo, 29 de julho de 2007



No meu tempo, as coisas eram menos comerciais, não tínhamos tantos produtos para comprar, tantos artefatos para vender.

No meu tempo, se fazia as coisas por prazer e por amor. O compromisso nos movia mais do que qualquer coisa. E o serviço feito regava a alma com alegria e renovo.

No meu tempo, não precisávamos de campanhas em prol da comunidade, visto que, assim nós vivíamos de forma natural. Éramos fortes, unidos e tínhamos uns aos outros sem hipocrisia, tudo nos era comum...

No meu tempo, as pessoas não eram descartáveis, não eram contabilizadas como meros números, não valiam o que tinham, valiam o que eram. O ser HUMANO era dignificado como minha responsabilidade para com aquele que está além de mim.

No meu tempo, meus olhos e meu grande amor escondiam o que hoje eu vejo. Não sei se a fonte secou, se o encanto acabou, só sei que estar mergulhado nesta embriaguez e nesta fantasia muitas lembranças boas foram exteriorizadas.

Agora meus olhos vêem como olhos desapaixonados, olhos crus, olhos enfadados.


Até que ponto estar lúcido é proveitoso? A realidade é assim: crua, nua, amarga, quem sabe verdadeira ou talvez o ponto certo da questão?


Thiago Araújo