Pistas não-exatas

sábado, 28 de novembro de 2009



Um dia me perguntaram:

- Por que você está indo?

Eu respondi:

- Sinceramente, não sei. Mas, tenho algumas pistas...

Curioso, esse alguém me questiona:- Ah, é? Que pistas são estas?

Respondo:

- Acho que essas pistas vão me levar a exatamente quem eu sou...

- Mas, aposto que tem sido difícil... Ele retruca.

- Claro que sim... Respondo eu.

- Mas, nada melhor que caminhar com as próprias pernas, encontrar suas próprias pistas, seguir seu próprio caminho... E saber que o caminho é apenas o caminho, ele sempre vai dar em algum lugar.
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Faroeste Caboclo

terça-feira, 8 de setembro de 2009


Sempre gostei dessa música... Salve o grande Renato Russo e sua obra, que neste caso foi tão bem retratada pelo Leonardo Amaral do http://peixeaquatico-amaral.blogspot.com/
via Um passinho à frente.

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De cientista e louco...todo mundo tem um pouco!

domingo, 6 de setembro de 2009



Parei para ler um pouco os escritos dos pouquíssimos blog sobre o Ensino de Ciências que existem pela blogosfera e, uma postagem particularmente me chamou a atenção. Foi a postagem de um grupo de Biólogos do Mato Grosso do Sul, chamado Biosfera que eles entitularam De cientista e louco...todo mundo tem um pouco! (Clique aqui para ler a postagem)


O que eu achei realmente interessante foi o discurso deles sobre a concepção esteriotipada que as pessoas tem sobre os cientistas: "homem, de jaleco branco, de óculos, aparência de maluco, cabelos desalinhados e realizando experiências com explosões em laboratórios muito "doido"."

Como professor de ciências, confirmo algumas proposições feita pelos colegas. Concordo com o fato de que a visão/aparência do cientista ainda está muito ligada à imagem pop de Einstein e sua linguinha para fora para os alunos, pais e sociedade. Confirmo também a impressão dos alunos e pais que acham que o cientista é tido como uma pessoa que não tem vida social.

A maioria pensa que os cientistas são pessoas que vivem exclusivamente para o estudo, que não gostam de sair, de baladas, de viajar, de namorar... Várias são as impressões quando encontro alunos em algum lugar de lazer: "Oh, professor, o senhor por aqui?", "Estás fazendo o que por aqui?", "E o senhor sabe dançar?", etc.

Por outro lado, acho interessante pontuar a forma como a mídia fortalece essa imagem dos cientistas nos telespectadores através dos programas como Mundo de Beackman e o quadro Ciência em Show do programa da Eliana. Acho muito contraditório os referidos programas terem como objetivo aproximar as pessoas da ciência e exibir imagens e esteriótipos de sujeitos que ninguém queria ser: malvestidos, alvoroçados, péssimos piadistas e malucos (vide imagem). Vocês não acham? Quem vai querer ser cientista desse jeito?

Só sei que os custos desta "caracaturização" do cientista acaba sendo alto demais: as pessoas julgam a ciências como algo intocável e inaprendível, cada vez menos cientistas se formam, cada vez mais os professores e cientistas enfrentam desafios para mudar concepções tão bem definidas socialmente, dentre muitos...

Quais estratégias podemos usar em sala de aula para desmistificar a figura do cientista? Eu acredito que isso não será possível com estratégias, mas com uma postura firme e acessível, com o esforço do professor em aproveitar os próprios trunfos pes­soais, e isso não está ligado a aparência física, mas, na energia, na qualidade de suas argumentações, na altura e no tom de sua voz, na vivacidade e nos gestos, na expressividade do olhar, na habili­dade para manter o interesse dos alunos. Observem que isto não está relacionado com o como?, mas com o SOU do professor. Seja você mesmo! Essa é a melhor estratégia.
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Educação Integral no Brasil?

segunda-feira, 24 de agosto de 2009



Quem acompanha a Educação no Brasil encontra nesta pergunta palco para grandes discussões. Existem aqueles que apoiam, existem aqueles que não.
O que venho discutir, no momento, são as condições REAIS, é isso mesmo, condições REAIS e FACTÍVEIS deste processo de integralização do Ensino Fundamental no país.
Para quem não sabe, já está em trâmite na Câmara dos Deputados uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que torna obrigatório o Ensino Fundamental integral de oito horas. Segundo o Uol Educação, a proposta já está indo para uma comissão especial antes de ser levada ao plenário da Câmara.
Mas ai muitos podem se perguntar: O que há de mal nisso? Existe lado ruim em tornar o Ensino Fundamental integral? Eu respondo: - Não, não há mal, nem lado ruim nesta proposta.
Entretanto, (tinha que ter um entretanto... tcs, tcs) o que precisa ser esclarecido é a forma como esta proposta está sendo colocada em discussão.
1º Ponto de esclarecimento: A PEC, defendida pelo Exmo. Sr. Deputado Felipe Maia (DEM-RN), não coloca datas para cumprimento da obrigatoriedade, nem tampouco a origem da bufunfa para custear tal proposta de ampliação no ensino.
2º Ponto de esclarecimento: Essa integralização aumentaria em cerca de 70% os custos das redes de ensino.
Então, chega a minha hora de fazer alguns levantamentos:
  • Por que se estabelecer uma obrigatoriedade se não se oferece ao mesmo tempo condições para concretizá-la?
  • Será que os verdadeiros envolvidos nesta proposta estão sendo convocados para a discussão (professores, gestores, pais, alunos e especialistas)?
Coloco estes pensamentos em pauta, porque no Brasil as leis propostas para a Educação sempre se situam muito distantes das realidades das escolas, além disso, estas prescrições legislativas em alguns momentos são descritas de forma parcial e dúbia, o que abre margens para várias interpretações.
Vale dizer também, que é muito fácil se estabelecer uma obrigação baseada na lei para os municípios, mas, na hora de oferecer os subsídios necessários para cumprir esta obrigação, os engravatados desconversam.
Como educador que sou, e como político que devo atuar, ressalto a importância da participação dos verdadeiros envolvidos neste processo na construção dessas leis, afinal, quem melhor do que os próprios envolvidos para indicarem possíveis caminhos para uma boa implantação dessa proposta?
In
vestir em educação deve ser algo responsável, deve envolver os participantes do processo e acima de tudo, é preciso enxergar a realidade de uma maneira global, em que estrutura, formação, cultura e principalmente futuros devam ser observados.
A educação não é palco só de política ou politicagem... Ela é composta de pessoas, de oportunidades e particularmente de decisões.
Você acha que se deve investir no ensino de período integral?

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Twitter na Educação, minhas impressões e expectativas...

quarta-feira, 12 de agosto de 2009


Todo o começo de semestre é sempre assim: recheado de novidades, expectativas e trabalho, muito trabalho!
Ontem (11/08), além de ser dia do estudante, foi o começo de mais um semestre de aulas na UFRPE. Neste semestre temos de diferente o fato de estar ministrando as disciplinas de Didática para o curso de Licenciatura em Química (e lotado de alunos do curso de Matemática) e Metodologia do Ensino de Biologia.
Revelo que estou muito ansioso e feliz por estar trabalhando com estas disciplinas este semestre e empolgado com os meus alunos.
Um dos motivos de tanta empolgação é a possibilidade de incluir o twitter como mais uma ferramenta didática nestas disciplinas.
Eu sou usuário do twitter há pouco tempo, mas, quem não é novato, afinal? Esta ferramenta ainda cheira a novidade em toda a rede (Twitter surgiu no ano de 2007, com pretensões bem menores do que a atingida). Porém, vários fatos e boatos mostram que este microblogging veio para balançar a internet e forma de se comunicar.
Daí, enquanto pensava na possibilidade da inclusão desta nova ferramenta, e pesquisava sobro o assunto, me deparei com alguns questionamentos importantes do Prof. Sérgio Amadeu (@samadeu), da Faculdade de Comunicação Cásper Líbero em seu blog (http://samadeu.blogspot.com/2009/04/twitter-na-educacao.html).
Escreverei, então, algumas apostas (todas minhas) do impacto desta rede social na Educação, tentando colocar mais um ponto de vista e aumentar as discussões das perguntas feitas pelo professor Sérgio.

SA: "...Percebo que a fronteira do twitter está na Educação. O nano blog pode ser usado no processo de ensino-aprendizado?"
O twitter pode ser facilmente aplicado nos processos educacionais. Mas, antes, temos que verificar as condições de formação do professor no uso desta nova ferramenta: se ele sabe usar, se sabe ensinar através de, se ele sabe adequar o recurso ao conteúdo, dentre outras questões. Verificadas estas coisas, percebemos que o twitter pode auxiliar o processo de aprendizagem por alguns aspectos: 1. Seu caráter colaborativo/cooperativo: o auxílio mútuo é um grande facilitador da aprendizagem, as trocas que podem ocorrer com o uso da ferramenta pode propiciar experiências de aprendizagem incríveis e efetivos; 2. Acesso rápido à informação: A disseminação da informação via twitter é muito rápida, essa rapidez, pode trazer mais tempo e viabilidade nos questionamentos e nas reflexões sobre as informações; 3. Aumento das trocas culturais: o twitter é um espaço muito democrático, sujeitos que presencialmente se sentem desestimulados à participação podem sentir-se à vontade para colaborar com outros. 4. Poder de criação e síntese: além questionar (responder) ou repetir (retuitar) alguma informação, os sujeitos são estimulados a criar informações e trazer novidades ao conteúdo.

SA: Como reforçar o aprendizado com o twitter?

O aprendizado pode ser reforçado pela participação dos usuários e pelo tratamento que estes dão a informação. Neste momento é que a figura do professor precisa se destacar. O professor deve estimular os alunos com questionamentos pertinentes, com a mostra de pontos de vista variados e com a contextualização do conteúdo.

SA: Quais as melhores experiências? O que não deu certo?

São tão raras as experiências com o twitter na educação, que não podemos responder esta questão. O que se deve fazer é investir em pesquisas educacionais para avaliar este impacto e investir em mais formação profissional para o professor.

SA: Podemos usar o twitter para discutirmos textos teóricos em grupo? Mas, qual seria a vantagem de sua interface?

Claro. Com o twitter podemos disponibilizar o texto de uma forma mais rápida, já que a ferramenta permite o envio de links e arquivos externos à plataforma. Outras
ferramentas feitas exclusivamente para amplicar o poder do twitter permitem a criação de grupos de discussão particulares exatamente para este fim (ex.: Grouptweet.).

Por hoje é só! rsrsrs.

Thiago Araújo (@tgsaraujo)
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Rádio on-line e Web 2.0: VOCÊ é o artista!

segunda-feira, 10 de agosto de 2009



Com a grande popularização dos arquivos de áudio compactados (mp3, principalmente), em 1998, vários sites passaram a disponibilizar acervos de músicas para os usuários baixarem sem nenhum custo e sem ocupar os "valorosos" bytes dos computadores da época.
Este foi o início da grande revolução da "música on-line", em que os usuários agora não mais eram obrigados a comprar o CD do artista para escutá-lo; os artistas independentes passaram a ter mais facilidade para lançar seus materiais para todo o mundo conhecê-los e as grandes gravadoras começaram a perder rios de dinheiro por causa do compartilhamento destes tipos de arquivos na internet.
No caso das gravadoras, essa batalha se segue até hoje. E, ainda são colocados à prova os princípios éticos, econômicos e legais dos usuários ávidos por música a baixo custo e das gravadoras que investem em aparatos técnicos, humanos e culturais para a industrialização dos CD's.
Os sites de mp3 começaram a evoluir e, tornaram-se rádios on-line (um dos primeiros casos brasileiros foi a extinta Usina do Som), que ganharam muitos adeptos, e passaram a oferecer um serviço pioneiro, que permitia não somente escutar a música sem precisar baixá-la para o computador, mas também montar uma playlist própria com o conteúdo que elas disponibilizavam. Ao passo que as ferramentas necessárias para a criação e edição de músicas por usuários domésticos foram aumentando e, com isso, o "amadorismo" tão comum dos antigos sites mp3 foi substituído por real profissionalismo independente.
Anos se passaram, e a chegada da Web 2.0 trouxe à grande rede uma maior dinamicidade, além dos incentivos à colaboração dos usuários dos sites e dos seus serviços. Esta filosofia de colaboração e organização de conteúdo se agregou rapidamente ao mundo das rádios on-line e, elas, além dos serviços convencionais já citados, passaram a permitir que os próprios usuários incluissem suas produções no acervo musical.
Hoje, é muito comum encontrarmos músicos de sucesso na mídia, advindos das rádios on-line com o seu antigo conteúdo independente, vale citar o caso de NX Zero, CPM 22, dentre outros. A mais valorosa característica das rádios on-line não é o fato de transformar o usuário numa celebridade de uma hora para a outra, é a possibilidade de ter as músicas e as idéias disseminadas na rede, é receber o feedback dos outros usuários e crescer musicalmente com a colaboração deles, é participar de uma grande rede que não tem limites assim como a mente criativa dos melhores artistas.
Então, o que você está esperando? Vire artista você também!

Abaixo uma lista de algumas rádios on-line baseadas em Web 2.0:
  • http://www.imeem.com/
  • http://www.dmusic.com/
  • http://last.fm/
  • http://blip.fm/
  • http://www.soundclick.com/
  • http://www.midomi.com/
  • http://www.meetlisten.com/
  • http://palcoprincipal.uol.com.br/
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Wilco - rock cheio de surpresas.

domingo, 9 de agosto de 2009



Reconheço que escutar Rock Alternativo não é uma coisa para todos. Mas, definitivamente, esta premissa pode reverter-se se estivermos falando da banda chamada Wilco.
Esta banda estadounidense consegue trazer à tona um rockzinho recheado de surpresas e misturas de ritmos como Rock, Country e Folk. As surpresas do seu som se encontram nos elementos de música eletrônica e ótimos arranjos de teclado "dissolvidos" nas músicas.
Encontrei esta banda através da participação da Feist (uma de minhas cantoras favoritas, um dia falo dela aqui) no novo álbum do grupo, que se chama Wilco (The Album), numa música deliciosa de ouvir chamada You and I. E assim, gostei do som e acabei baixando vários CD's deles.
O que surpreendeu-me no som da banda foram as letras sem clichês, a sofisticação nos arranjos aliada a um "quê" de rock tradicional que é muito bom de se ouvir.
Mesmo que possa ser novidade para alguns aqui, a banda não é tão nova assim. Eles atuam desde 1995, possuem 8 álbuns lançados, sendo 1 deles álbum duplo e outro Ao vivo.
Para vocês entenderem um pouco dos elogios feitos aos músicos, disponibilizo uma apresentação ao vivo dos mesmos no show de Letterman.




Grande abraço,

Thiago Araújo
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